quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Catadores do lixão de Itaoca fazem manifestação no Centro do Rio


Cerca de 200 catadores do lixão de Itaoca, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, realizaram uma manifestação, nesta quinta-feira (23), no Centro do Rio. O grupo seguiu em passeata desde a Ponte Rio Niterói até a escadaria da Assembléia Legislativa do Estado (Alerj). Empunhando faixas e cartazes os manifestantes promoveram também um apitaço para chamar a atenção das autoridades.
Eles alegam que, com o fechamento do aterro sanitário, em fevereiro deste ano, as atividades foram encerradas sem o recebimento da ajuda de custo que as autoridades prometeram. O grupo pede o mesmo tratamento dado aos catadores de Gramacho, na Baixada Fluminense, além da abertura de uma negociação com o governo do Estado e a Prefeitura de São Gonçalo.
Segundo o Centro de Operações, os manifestantes chegaram a ocupar as quatro faixas da Rua Primeiro de Março, interditando o tráfego na via. Agentes da Cet-Rio foram acionados para reorganizar o trânsito no local.
Aterro de Gramacho
As atividades do Aterro Metropolitano de Gramacho, inaugurado há 34 anos, foram encerradas no dia 3 de junho. O local recebia o lixo das cidades do Rio e de Duque de Caxias.
Segundo a Prefeitura, no local passará a funcionar uma Usina de Biogás, que transformará o metano proveniente da decomposição do lixo em gás verde, que será vendido para a Reduc. O material será utilizado como substituto do gás natural para fins energéticos.
Ao todo, os catadores receberam uma indenização de R$ 14 mil. O pagamento seria feito ao longo de 14 anos, mas a Prefeitura resolveu fazer o desembolso do valor total.
Com o encerramento do lixão de Gramacho, o lixo da cidade passou a ser levado para Central de Tratamento de Resíduos (CTR Rio), em Seropédica, o mais moderno da América Latina. Já o lixo de outros municípios, é levado para a central de Nova Iguaçu. Ainda há a previsão da inauguração de um novo aterro em Paracambi, também na Baixada Fluminense.
A decisão de fechar o lixão de Gramacho veio porque além de ser localizado num ecossistema sensível, numa região de mangue e de vazante de dois rios, o local apresenta rachaduras por conta da falta de preparo para receber uma quantidade tão grande de resíduos, com risco de vazamento do chorume na Baía.